Um olhar do RH para o Futuro

Não há como pensar no fu- turo e não se preocupar com os desafios do presente – todo gestor, toda empresa, todo indivíduo sabe que o que aprendemos ontem não é suficiente hoje para permanecermos neste mercado que muda e se renova a todo instante.

Não temos empregos para to- dos e, ainda assim, não sabemos usar os talentos da forma corre- ta. Nossos sistemas educacionais precisam se atualizar de forma a preparar os profissionais para este mundo exponencial e desa- fiador. Ainda convivemos com um modelo no qual, na maior parte, estudamos o passado, quando precisamos, e muito, falar e saber sobre o futuro.

Como ensinaremos sobre os desafios que estão aí, bem na nossa frente? Pensando nisso, como o RH pode influenciar positivamente o futuro do trabalho e o futuro do profissional do futuro?

Sabemos que as organizações esperam que suas equipes criem vínculos sólidos e tangíveis com todas as áreas da organização, pois, só assim, entenderão qual é o real negócio da empresa. Esse movimento é essencial para entender os desafios e como apoiar as pessoas para chegarem ao objetivo.

Também sabemos que a base de um bom resultado é uma equipe comprometida, motivada e re- conhecida, e que, se não tivermos confiança e respeito do time e não assumirmos nossa responsabilidade e cobrarmos resultados de forma correta, não alcança- remos o tão sonhado espaço de reconhecimento de Recursos Humanos.

Portanto, o profissional de RH têm que ser cada vez mais protagonista, com iniciativas e projetos que tragam para as organizações a preparação necessária de seus times. Sua agenda de desenvolvi- mento tem que estar alinhada às reais necessidades e ao plano de futuro da empresa. É preciso preparar os profissionais para enfrentarem os desafios do amanhã sem perder de vista o dia a dia. Esse é um grande desafio e, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade de o RH praticar a resolução de problemas complexos, tão necessária na indústria 4.0.

O efeito da IA e do machine learning é irreversível. A automação tem criado oportunidades para aqueles que sabem utilizar as habilidades humanas inatas que as máquinas não conseguem reproduzir. É nesse momento que precisamos das competências na- tas do ser humano. As mesmas competências que neste mundo online temos deixado de lado ou não praticado como deveríamos. A vantagem é que somos bons nisso e podemos, juntos, fazer acontecer.

Capacidades sociais e emocionais, criatividade, leitura de ambientes, pensamento crítico, gestão de pessoas, adaptação, re- solução de problemas complexos, empatia e flexibilidade podem ser algumas das grandes transformações que queremos ser e ver em nossas organizações. Quais delas já estão na sua agenda estratégica?

Hoje ficamos horas pensando em como trabalhar e mudar com a tecnologia, mas o que precisamos é mudar a cultura com a qual trabalhamos há anos. O bom é saber que, à medida que as máquinas assumem as atividades repetitivas do trabalho do dia a dia, mais humanos nos tornamos.

Não raras vezes, quando chegam às empresas, as pessoas encontram modelos desgastados de gestão e logo se questionam se, naquele ambiente, terão a oportunidade que anseiam. Não estou falando de ser promovido, mas de poder fazer a diferença, de colocar em prática aquilo em que se acredita e que nós, muitas vezes, também acreditamos, mas, por conta da cultura organizacional e da rotina diária, deixamos de lado. Perdemos com isso a oportunidade de ouvir as pessoas e incentivá-las a realizar mudanças.

Ricardo Mota foi executivo de RH em empresas como Atrium Telecomunicações, Telefônica, GROUP1 e executivo da ABRH-Brasil. Esteve como Diretor Voluntário do CONARH. Formado em Administração de Empresas, pós graduado em Gestão de Projetos, com MBA em Gestão de Pessoas. Entusiasmado, alegre, criativo e ‘inquieto’

“As pessoas estão constantemente insatisfeitas e querendo algo que as encante, as emocione. Querem algo novo todos os dias. Isso não significa que é preciso complicar. Temos, isto sim, que simplificar as nossas hierarquias e a nossa cultura, por mais difícil que seja.”

Hábitos, vontades e certezas diferem de uma pessoa para outra e precisamos estar abertos ao novo. Não há como manter nossa equipe e nossos clientes satisfeitos fazendo tudo como sempre foi feito. As pessoas estão constante- mente insatisfeitas e querendo algo que as encante, as emocione. Querem algo novo todos os dias. Isso não significa que é preciso complicar. Temos, isto sim, que simplificar as nossas hierarquias e a nossa cultura, por mais difícil que seja. Está mais do que na hora de fazermos a diferença que queremos no outro. Se desejamos ver mudanças de fato, temos de começar por nós mesmos.

Perdemos com isso a oportunidade de ouvir as pessoas e incentivá-las a realizar mudanças.

Hábitos, vontades e certezas diferem de uma pessoa para outra e precisamos estar abertos ao novo. Não há como manter nossa equipe e nossos clientes satisfeitos fazendo tudo como sempre foi feito. As pessoas estão constante- mente insatisfeitas e querendo algo que as encante, as emocione. Querem algo novo todos os dias. Isso não significa que é preciso complicar. Temos, isto sim, que simplificar as nossas hierarquias e a nossa cultura, por mais difícil que seja. Está mais do que na hora de fazermos a diferença que queremos no outro. Se desejamos ver mudanças de fato, temos de começar por nós mesmos.

fonte: Revista Gestão RH Edição 142 . 2019

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